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Da lesa maneira que eu busco dar liberdade aos meus bruscos sentimentos em palavras, me mantenho presa a eles. Na folha de papel em que desenho de traço em traço meu coração, em pequenas linhas tortas de puro grafite,me faltam cores para lhe dar a vida, e perdida por aí está à habilidade de percorrer os caminhos para quais essas infinitas linhas me levam. Ao meu redor um mundo, em meus olhos partículas de uma visão afável dele. Pessoas como sementes brotando de meus pés, ofuscando meus sentidos, fazendo de minha liberdade o meu caos. De meus braços levam a força, de meu pensamento a percepção, como um dia que já fora dito o silêncio como um câncer cresce, calando a voz do consciente. E nas sombras de meus versos é que eu me escondo pra que um dia levado por sua compreensão você possa me encontrar.